Foto: Igor Barbosa
Por Nitro, 7 de novembro de 2022
Sabe-se atualmente que as pulverizações agrícolas são de extrema importância para o produtor rural, umas vez que o ajuda a controlar grande parte das variáveis que ameaçam sua lavoura. Porém, sabe-se também que muitas vezes os produtos químicos utilizados durante uma safra são os vilões no orçamento, já que custam caro e muitas das vezes são aplicados repetidas vezes.
Uma das causas dessa repetição de aplicações, ou o porquê de uma aplicação de certo produto não ter atingido a eficiência desejada, é justamente as condições ambientais no momento de realização da aplicação, que é feita em condições climáticas não recomendáveis à determinado produto, podendo ser um horário de temperatura muito alta, umidade relativa do ar baixa, ventos fortes, etc.
Por este motivo, deve-se sempre estar atento as condições climáticas na hora de se realizar uma aplicação, afim de conseguir elevar o potencial da aplicação, fazendo o produto (e por consequência, o dinheiro investido nele), muito mais eficientes.
Neste informativo, irá falar-se um pouco sobre as variáveis climáticas temperatura, umidade relativa do ar, ventos e condições de chuva.
A temperatura é uma das maiores influenciadoras em uma aplicação, podendo ser um fator limitante quando está muito alta, e em alguns casos também quando está baixa. Segundo Santos (2005), quando há uma temperatura alta no momento de determinada aplicação, ocorrerá o processo de evaporação de umidade, resultando em uma corrente térmica ascendente. Deste modo, quando a gota é liberada pelo processo de pulverização, haverá uma corrente que irá contra a direção desejada da gota, que será “freada” em sua queda, permanecendo no ar por mais tempo, e isto poderá dificultar que a gota atinja o seu alvo, e irá ficar muito tempo em suspensão, ou será levada por correntes de vento.
É recomendado a aplicação em temperaturas de até 32°C.
Para temperaturas baixas (abaixo de 15°C), deve-se observar certos tipos de produtos, como os sistêmicos e os de translocação, que não funcionarão de modo eficaz na planta pelo fato de que, em temperaturas baixas, o metabolismo da mesma também estará baixo, dificultando a absorção e ação destes produtos.
A umidade relativa do ar é considerada atualmente como a variável climática mais importante a ser analisada quando irá realizar-se uma aplicação. Isto se deve ao fato de ser a principal responsável pela evaporação de uma gota de pulverização. A gota, quando liberada do processo de pulverização para atingir o alvo, perderá umidade até o fim de sua trajetória. Quanto menor for a porcentagem de umidade no ar, mais rápido ocorrerá este processo, fazendo com que, muitas das vezes, a gota nem chegue a atingir o alvo. Por isto, é importante sempre verificar a umidade relativa do ar, que, em aplicações normais, não deve estar abaixo de 55%, e nem maior do que 95%. (SANTOS, J. M. F., 2005) (VARGAS & GLEBER, s.d.).
O vento é uma variável a ser muito considerada, e deve ser levado em consideração pois, em uma situação de ventos muito fortes, a aplicação pode gerar deriva, que é quando as partículas liberadas pela pulverização não atingem de forma adequada o seu alvo, atingindo outros locais.
Segundo Santos (2005), deve-se também ter muito cuidado com aplicação em condições de calmaria, ou seja, quando o a velocidade do vento está entre 0 e 2 km/h. Nestas condições, acontece um fenômeno denominado de inversão térmica, que é quando o ar quente se deposita em uma camada próxima ao chão, sendo retido por uma camada de ar frio, fazendo com que as partículas fiquem em suspensão por mais tempo, ocasionando perdas, de um modo indireto.
As condições ideias são, de: Velocidade mínima: 2 km/h / Velocidade máxima: 10 km/h
Em condições de chuva, ocorrerá uma lavagem das folhas, ocasionando perdas em todo o produto que estará depositado sobre a folha. Deve-se olhar atentamente para a previsão de chuvas que virá após a aplicação, uma vez que mesmo após um tempo passado da aplicação, o produto ainda não será absorvido totalmente pela planta, ocasionando perdas e, em alguns casos, a repetição da pulverização.
Referências bibliográficas
SANTOS, J. M. F. Aspectos críticos na aplicação de defensivos agrícolas com turbo pulverizadores. São Paulo: Instituto Biológico, 2005. 12 p.NO, J. C. et al.
Efeito do parcelamento da adubação potássica nas características agronômicas e propriedades tecnológicas da fibra de algodoeiro. Bragantia, Campinas, 43 (1) 221-228, 1984.
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