Por Nathalia, 25 de janeiro de 2024
Fungos e bactérias encontrados no fundo do mar serão de exclusividade da empresa de insumos
Por Isadora Camargo — São Paulo
A Nitro, produtora global de insumos agrícolas, anunciou uma parceria com a Regenera Moléculas do Mar, uma startup que explora moléculas, como fungos e bactérias. Com o movimento, a empresa quer acompanhar o ritmo do mercado de bioinsumos no Brasil, que cresce cerca de 40% ao ano, conforme a companhia divulgou.
A Regenera é uma startup gaúcha criada na Incubadora Empresarial do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Estado para a chamada bioprospecção, processo de exploração da biodiversidade química de origem marinha e de outros biomas a fim de direcionar à indústria.
"A bioprospecção consiste em buscar os microrganismos presentes nos diferentes biomas, cultivá-los e armazená-los para fins de pesquisa e o potencial de uso em soluções biológicas, o que só pode ser feito por empresas que têm o registro para a realização dessa atividade", explicou à Globo Rural o diretor de inovação e novos negócios da empresa, Breno Marques.
Os profissionais da Regenera, então, mergulham em ambiente marinho em todo o litoral brasileiro, pesquisam e capturam os fungos e bactérias existentes no fundo do mar. Em seguida, a startup armazena os microrganismos em um banco de prospecção para uso em diferentes setores. No caso do agronegócio, a exclusividade é da Nitro.
Hoje, o Banco Regenera possui uma coleção de mais de 1500 microrganismos e, com a parceria, a Nitro vai poder investir em processos de investigação de produtos biológicos.
Embora a empresa não abra o valor do aporte feito para acessar esses microrganismos, o movimento faz parte de uma estratégia de ampliação no segmento de bioinsumos por meio de construção de fábricas, realização de parcerias e aquisições de outras empresas.
Antes do investimento na Regenera, a Nitro realizou aportes na área de insumos biológicos em 2020, quando investiu na Gênica, empresa de biotecnologia especializada em bioinsumos. No ano seguinte, adquiriu a Biocontrol, reconhecida no mercado pela produção de fungos de alta qualidade e concentração.
E, recentemente, a Companhia realizou uma joint venture com a Vivus, uma agtech brasileira criada para melhorar a produtividade da soja, por meio da produção em grande escala de uma solução biológica para combater uma das principais pragas que afetam a agricultura brasileira – conhecida como percevejo marrom da soja.
O forte avanço do setor foi confirmado em recente levantamento feito pela Fortune Business Insights. Estima-se que o mercado global de insumos biológicos deve movimentar US$ 6,51 bilhões. A expectativa é que esse número chegue a US$ 18,15 bilhões em 2029.
Em novembro, a Nitro vai iniciar a operação de uma fábrica de biodefensivos à base de fungos, em Patos de Minas (MG), resultado de uma joint venture feita com empreendedores diversos. A NBT será a segunda empresa da Nitro especializada na produção de fungos para combate de pragas e doenças na agricultura, depois da aquisição da Biocontrol.
"Com essa nova operação e a nossa atual fábrica, teremos uma das maiores capacidades de produção de fungos do mercado. Mas cabe ressaltar que a NBT não terá fins comerciais, o foco será atendimento à produção interna", detalhou Marques.
Segundo a empresa, a estratégia vai dar escala para o desenvolvimento de mercado da Nitro, puxada pela criação de fungos para produção de biodefensivos com foco no manejo de pragas e doenças de solo em culturas, como soja, milho, cana-de-açúcar e algodão.
Com controle majoritário da joint venture, a Nitro vai ter exclusividade de vendas desses produtos, além de ter uma planta com produção em grande escala.
Confira a matéria que saiu no Globo Rural aqui.
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