Por Nitro, 16 de novembro de 2022
Um pequeno inseto de coloração amarelo-palha tem se tornado o principal vilão dos milharais brasileiros. Trata-se da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).
O milho responde por 40% do total de grãos produzidos no Brasil, estando atrás apenas da soja. Mas esse valor poderia ser ainda mais relevante sem a ação da cigarrinha-do-milho que, de acordo com um estudo da Embrapa, gera uma perda de até 50% na produtividade.
Para que você mantenha sua plantação segura, nesse artigo vamos trazer tudo o que você precisa saber sobre o manejo dessa praga.
A intensificação do cultivo da safrinha e de sistemas irrigados no cultivo do milho acabou quebrando a sazonalidade e aumentando a incidência de pragas e doenças. A principal delas é a cigarrinha-do-milho.
Com alta capacidade de migração a longas distâncias, sua disseminação chega a diferentes áreas, afetando praticamente todas as fases da cultura. Mas seu maior perigo acontece quando grandes populações realizam migrações de lavouras com plantas adultas infectadas para lavouras com plantas jovens sadias, podendo disseminar a infecção em áreas superiores a 100 hectares.
O inseto se alimenta da seiva do milho através da introdução do seu estilete nos tecidos do floema da planta, caracterizando o dano direto. Ao mesmo tempo, indiretamente, injeta toxinas e transmite fitopatógenos por meio da sua saliva.
Na fase inicial da cultura, a alta densidade populacional da cigarrinha pode ocasionar seca e morte das plantas por vários motivos como:
O principal problema do ataque dessa praga na cultura do milho é a transmissão de patógenos. Estes conseguem se multiplicar na planta, sem desenvolvimento de sintomas, por três a quatro semanas. Após a infecção, a transmissão ocorre rapidamente, porém, os sintomas só são visualizados 30 dias após a semeadura.
Os sintomas e efeitos prejudiciais da cigarrinha-do-milho se manifestam na fase de produção. Por isso, a principal estratégia para reduzir a incidência dessas doenças é o controle de sua população.
A incidência de enfezamentos tem aumentado significativamente na cultura do milho, prejudicando a formação de grãos e gerando prejuízos severos. Os sintomas do enfezamento são:
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Os principais fatores que favorecem a incidência e os danos por enfezamentos são:
Uma das formas de manejo e controle da cigarrinha é a eliminação de tigueras na entressafra e no cultivo da soja, visando acabar com as fontes de alimento e reprodução da praga. Outra estratégia, seria o controle cultural, planejando o plantio afim de não implementá-lo próximo a lavouras mais velhas.
Também podemos pensar em evitar semeadura em áreas próximas a lavouras com enfezamentos e evitar plantios tardios e sucessivos de milho. No caso destes, observa-se uma maior incidência de enfezamentos e queda na produção, pois as cigarrinhas tendem a migrar para estas áreas (gráfico 1).
Em relação ao manejo químico, é recomendado o tratamento de sementes para melhorar o controle nos estágios iniciais da cultura. Posteriormente deve-se realizar a aplicação de inseticidas também na fase inicial de desenvolvimento do milho, sendo os 40 dias após a emergência o período mais crítico.
Atualmente existem 54 produtos químicos registrados para o controle da cigarrinha-do-milho, tanto para tratamento de sementes quanto para pulverizações.
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Para reduzir o uso de defensivos químicos, é essencial o uso de outras formas de controle que compõem o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Dentre elas, o controle biológico por meio de fungos entomopatogênicos é uma das principais estratégias.
Atualmente, 16 produtos comerciais são registrados à base do fungo Beauveria bassiana para controle do inseto D. maidis. Quando posicionados de forma correta, que seria a aplicação nos estágios iniciais de desenvolvimento da cultura do milho, a eficiência de controle pode chegar a 85%.
Fungos entomopatogênicos também têm ganhado bastante espaço no mercado de inseticidas para cigarrinha-do-milho por conta da eficiência de controle semelhante aos inseticidas químicos.
Esse é o caso da Beauveria bassiana, microrganismo parasita que age por contato, infectando e eliminando insetos-praga. Seus conídios penetram via cutícula e aparelhos respiratório e digestivo, onde o fungo se multiplica e produz toxinas, eliminando o inseto por infecção generalizada.
Após a colonização da parte interna do hospedeiro, em condições favoráveis, o fungo emerge e esporula sobre o corpo da praga, gerando inóculos que ao se dispersarem poderão iniciar a infecção de outros indivíduos da praga.
Outros fungos também têm apresentado bons resultados no controle da cigarrinha-do-milho, como o Metarhizium anisopliae, que tem taxas de controles semelhantes ao observado com o uso da Beauveria bassiana e do inseticida químico Tiametoxam + Lambdacialotrina.
Pensando no combate desta difícil praga, a Nitro Agro oferece em seu portfólio o inseticida microbiológico Bouveriz WP.
Sua formulação conta com o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana IBCB 66. O controle deve ser iniciado logo nos estágios iniciais da cultura do milho, a fim de evitar as altas populações da praga, e consequentemente impedir que infectem as plantas e não ocasionem os enfezamentos.
O Bouveriz WP se destaca pelo maior poder de ação e alta concentração, oferecendo ao produtor melhores resultados com menor dose por hectare.
Com essas informações, você está preparado para enfrentar a cigarrinha-do-milho. Mas conte sempre com o suporte dos especialistas da Nitro para alcançar os melhores resultados na sua plantação. Se restou qualquer dúvida, basta enviar uma mensagem.
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